Chega um novo Windows e o Edge para iOS e Android


A partir da próxima terça-feira, dia 17, começará a chegar aos computadores com Windows 10 a próxima atualização do sistema operativo da Microsoft, a que a empresa chamou de Atualização de Outono. A versão quase final do software foi já entregue aos Insiders – a comunidade pública que se inscreveu para receber antecipadamente versões de teste – pelo que é possível perceber se vale a pena instalá-la assim que for lançada ao público em geral. E sim, vale, ainda que haja alguns pormenores a melhorar.
Aliás, é exclusivamente nos detalhes que se encontram os maiores problemas deste Windows versão 1709. Dois exemplos:
– A Microsoft está a introduzir alterações gráficas no sistema, a que chama Fluent Design, mas este é assumidamente um processo em curso, que vai demorar provavelmente anos a terminar. O resultado neste momento é de alguma inconsistência visual. Os novos efeitos estão presentes no menu Iniciar, na barra de notificações e na página de Definições (incluindo um agradável efeito “luminoso” quando se seleciona um item), mas ainda permanece ausente noutras zonas.
– A nova central “Pessoas” – que permite fixar contactos favoritos na barra de tarefas e centralizar aí todas as interações com essas pessoas – é uma funcionalidade com muito potencial mas, por enquanto, é pouco mais do que isso. Por não ser (ainda) possível fazer chamadas telefónicas com o Windows (que não por Skype) a sua utilidade reduz-se desde logo. E se programas como o WhatsApp ou o Messenger do Facebook não aderirem à ideia, a coisa arrisca-se a ficar na prateleira das “boas ideias em que ninguém pegou”.
Meros detalhes, porque de resto o interface parece mais rápido, aparentemente é mais eficiente no consumo de bateria e inclui novas funcionalidades que valem mesmo a pena. As minhas três preferidas:
– Regressa a sincronização “a pedido” dos ficheiros na OneDrive. Consiste em o Explorador de Ficheiros mostrar todo o conteúdo existente na “nuvem” do utilizador sem o descarregar para o disco do computador, fazendo-o apenas quando é necessário – para abrir um documento, por exemplo. Era algo que o Windows 8 tinha, mas foi retirado porque concluíram que a maioria dos utilizadores não percebeu como o sistema funcionava. Agora, com indicações visuais mais evidentes, esperemos que tenha voltado para ficar.
– Há um seletor de performance associado ao ícone da bateria, que permite rapidamente selecionar a opção de ter o processador a funcionar ao máximo (gastando mais) ou em modos de poupança.
– Em Definições / Sistema / Armazenamento existe agora a função de eliminação automática de ficheiros desnecessários, como temporários ou na Reciclagem. Por defeito vem desligado, mas é muito aconselhável ligá-lo.
– Para os ecrãs táteis, é introduzido o teclado virtual semelhante ao do Windows 10 Mobile, que é ideal para escrever só com uma mão. Este inclui suporte ao swipe, sistema que permite escrever rapidamente arrastando o dedo entre teclas – com uma precisão incrível, diga-se!
O site especializado Windows Central compilou numa única página todas as novidades.
Edge para todos
Na semana que agora termina, a Microsoft lançou, em versão beta, o seu navegador da internet Edge para os sistemas móveis iOS e Android. Pode parecer estranho, tendo em conta que em desktop este está longe de ser o browser preferido do público, mas quem usa diariamente um computador com Windows 10 e um smartphone com qualquer um daqueles sistemas deve pelo menos experimentar. Com este Edge passa a ser possível iniciar no telefone a navegação na net e continuar no computador, transferindo até conteúdos (como e-books) entre os aparelhos.

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