Ana Paula chama Isabel dos Santos de "periguete" e a ameaça lhe dar na cara

Lisboa – A decisão de Isabel dos Santos de ter optado participar por via videoconferência numa reunião, realizada no passado dia 9, em Barcelona entre a sua familia e uma delegação do governo de Angola, para tratar do pendente  da transladação do corpo de Eduardo dos Santos, para a Luanda, foi por conta de um clima áspero entre a mesma e  madastra Ana Paula dos Santos resultando na ruptura total entre as duas. O cozinheiro da residência,  informou  a um colega em Luanda,  que para além de se terem incompatibilizado,   registou-se neste dia a retirada de algumas mobílias da residência.

Ainda neste  dia, em que as coisas aqueceram em Barcelona, a antiga primeira dama Ana Paula dos Santos foi travada na tentativa de estender as mãos  no rosto de Isabel dos Santos, a quem a mesma chamou de “periguete”.

Acusou-a também de manipuladora insinuando ser o “cérebro” da rejeição familiar de não   satisfazer a vontade do governo em ter o corpo de Eduardo dos Santos, em Luanda, para o devido funeral de honras de Estado.

Desde então ambas entraram em ruptura, tendo a primogênita Isabel dos Santos decidido não mais pôr os pês da residência em que vivia o seu pai, e que há dois meses foi ocupada pela madastra que desde 2017, abandonou José Eduardo dos Santos.

Não havendo mais clima de convivência entre as duas, Isabel dos Santos decidiu participar por videoconferência por conta da hostilização da madastra.

Segundo dados do Club-K, as duas estão em campos opostos. Ana Paula dos Santos entende que o corpo de Eduardo dos Santos deve ser entregue ao governo de João Lourenço antes das eleições em Angola. Isabel dos Santos e quase todos os seus irmãos (excepto os filhos de Ana Paula), defendem que o corpo do pai não deve ser entregue às autoridades por receio de que o funeral venha ser usado para aproveitamento político em prol da imagem eleitoral de João Lourenço .

Mostrando que as irmãos não estarão juntas nesta batalha contra Ana Paula que representa a vontade do Governo, o filho varão de JES, declarou em entrevista New York Times, que “O Estado não tem uma obrigação constitucional para assumir o enterro do meu pai”, disse e acrescentou que “decisão jaz com a família”.

“O meu pai foi extremamente humilhado quando regressou pela primeira vez a Angola, algo que fez contra a nossa opinião e conselho, convencido que o Presidente João Lourenço queria alcançar uma reconciliação sincera”, disse o filho do antigo Presidente, quem declarou recentemente não ter podido deslocar-se a Barcelona porque o seu passaporte foi confiscado pelas autoridades angolanas, enquanto aguarda um apelo à sua condenação a vários anos de prisão por corrupção.

Fonte: Club -K

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