Malanjino de raiz, Filho do Zua prevê gravação de uma música em Kimbundu

Originário da terra da Palanca Negra Gigante (Malanje), Jeremias da Costa Zua ou simplesmente Filho do Zua, tornou-se nacional e internacionalmente conhecido após lançar no final de 2016 o sucesso "Saia Dela", tema que que dá igualmente título ao seu primeiro álbum.

Em entrevista exclusiva ao Cison Press, Filho do Zua, nome que, segundo fontes, foi atribuído na Igreja por um pastor que também se chama Zua, falou sobre projectos musicais que se avizinham, tendo inclusive manifestado a pretensão de gravar uma música na língua nacional Kimbundu.

É um dos artistas convidados no mais novo álbum de Scró que Cuia. Como é que foi trabalhar com ele, sendo que ambos fazem estilos diferentes?

Foi muito bom ter participado no álbum "Mãe Joana", foi mais uma experiência que ganhei na minha carreira artística. E desde já, agradeço o Scró pelo convite.

Como é cantar com o Scró?

Cantar com o Scró é complicado, é meio difícil (risos). Parece que não, mas é sim, e eu nem contava cantar com ele, mas foi muito bom, gostei da experiência, de coração, ele é uma óptima pessoa, um óptimo colega. Portanto, valeu mesmo apena.

É sabido que tem raízes de Malanje, já pensou em fazer uma música inteira em Kimbundu?

Por acaso já pensei, sim, cantar uma música em Kimbundu, sendo que as minhas raízes são mesmo de Malanje, tal como acabaste de referir.

Como está o Filho do Zua, em termos de novos projectos?

Há projectos a caminho. Lançámos agora uma EP que é o "Candengue do Povo", e tudo está a correr bem, graças a Deus.

Alguma surpresa no que concerne as participações nos novos projectos?

Não. Por enquanto ainda não tenho nenhuma surpresa.

O que é que o produtor Teo No Beat representanta para si?

O Teo para mim tem um grande significado na minha carreira. Esteve no princípio da minha carreira e, portanto, ele é um irmão. Trabalhámos juntos em alguns temas e ainda continuamos a trabalhar.

Texto: Narciso Drake

Imagem: Filho do Zua (arquivos)