Kev: "O Drake e Dji Tafinha tornaram-me no artista que sou hoje"

Integrante de um dos grupos musicais mais sonantes do rap angolano, da actualidade, propriamente "Os Labasi", KEV vem através da sua composição, flow e enquadramento no beat, conquistando o ouvido do público que o ouve na internet, em festas ou, ainda, dentro de viaturas.

Em entrevista exclusiva ao Jornal Cison Press, KEV falou sobre projectos em carteira, fontes de inspiração e a sua visão relactivamente ao estado actual do Rap - New School feito em Angola.

Como é que surge o seu gosto pela música?

A minha família materna gosta muito de música, sempre fui acostumado a ouvir música, e aquilo sempre fez parte de mim, e quando descobri que tinha jeito para cantar, notei que me sentia bem a fazê-lo, daí não mais parei. E ouvir muito Drake também  influenciou-me bastante, eu queria ser como ele.

Que retrospectiva faz do grupo musical à qual pertence, Os Lebasi?

É como tudo. É sempre um processo difícil, de muito esforço, muita dedicação e muito trabalho, mas fácil nunca foi.

Como é que olha para estado actual do Rap angolano?

Há muitos grandes talentos hoje em dia e, na minha opinião, está a melhorar bastante, tenho muitos elógios, mas também tenho uma única crítica para a nova geração, pois sinto que todo mundo soa a mesma coisa, está tudo muito igual, mas apesar disso estamos no bom caminho.

Como está o Kev em termos de projectos individuais?

Eu estou a trabalhar num álbum musical a solo. Ainda não tenho previsão de lançamento, mas já tenho faixas gravadas. Portanto, é só uma questão de tempo e organização até a obra sair. 

Dji Tafinha e Drake: O que é que estes artistas representam para a sua carreira?

Eles são as minha fontes de inspiração nacional e internacional. Drake e Dji Tafinha tornaram-me no artista que sou hoje, eles sempre foram a minha fonte de inspiração. 

Que passos falta dar para chegar a estes artistas?

Eu sou muito movido por energia e acho que as coisas acontecem quando devem acontecer. Se eu ainda não cheguei ao Dji Tafinha, por exemplo, é porque há muita coisa envolvida, nunca estivemos no mesmo ambiente, nunca houve contacto, nunca houve conversa e eu não gosto que as relações sejam forçadas, prefiro que elas sejam o mais natural possível, para que as coisas fluam. Eu quero que ele cante comigo porque gosta do meu trabalho, e com o Drake a mesma coisa.

A sua estadia cá em Angola é para alguma colaboração musical ou show?

Neste momento, não estou aberto para shows em Angola, mas estou a fazer algumas parcerias musicais, algumas colaborações com produtores musicais, propriamente beatmakers. Por outro lado, a minha estadia cá é também para visitar a família.


Texto: Narciso Drake 




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